quarta-feira, março 28, 2007

Será que são 30?

Hoje faço 30 anos.
Não vou escrever muito, mas vou partilhar esta página convosco: http://www.releituras.com/arsant_30anos.asp

Será que já fiz 30 anos?
Não sei, quem melhor que vocês para me responderem a isso.

Beijos e outros para todos
PS: OhhhBrigadinho! :)

5 comentários:

Anónimo disse...

Como ousas pedir que façamos um exercício de introspecção se esta auto análise tem de partir de ti mesmo?...
A tua forma de estar difere sempre da tua forma de ser. De que vale uma observação feita se à análise intrínseca jamais teremos acesso? Para quê saber se terás ou não 30 anos, se na realidade por eles estás a passar agora... se é essa a diferença do actual ano que vigora com o teu ano de nascença? Que te interessa dissecar o teu fundo se o mais importante e o que nunca ninguem lá chega é a base desse teu iceberg submerso? Que te interessa?
Responde antes:
30 anos tens. Quantos anos sentes?


*K*

Miguel Araújo disse...

Ahhh... ainda me lembro quando fiz 30 anos... foi daqui a 4 meses... :-D


Parabéns.

Grande abraço.

Anónimo disse...

Eis uma questão que me ultrapassa totalmente, afinal, ainda posso dizer que vejo os 30 por um telescópio... talvez por isso ainda não consiga perceber qual é a verdadeira “problemática do assunto”.
No entanto acredito para um sujeito simpático, que esbanja alegria e encanto os “30” apenas venham acentuar o seu natural charme. :)

Parabéns…

Adoro-te

P:S ( és o meu chocolate favorito)

Anónimo disse...

Deixa lá, dizem que é a partir dos 30 que os homens são bons. Vê pelo lado positivo.:))
Parabéns.

Bruno disse...

Oi, meu nome é Bruno, tenho 24 anos e estou pensando em suicídio. 30 anos não é nada, 24 é muito menos. Somos pessoas jovens.

Mas eu estou espiritualmente envelhecido. Desde que acabei o colégio, em 2004, não consegui decidir o curso superior certo, troquei várias vezes e agora minha família não me deixa em paz, meus pais e irmãos formados esfregam na minha cara que na minha idade eles já tinham seus diplomas. Estou sem motivação para abrir um livro, não é safadeza, é indisposição, DOENÇA.

Meu pai brigava muito com minha mãe, não de bater, mas de tortura psicológica (já poderia ser processado pela lei Maria da Penha por isso). Além de sofrer por ela e ficar muito mais apegado a ela, me afastei muito dele, que comigo também não era muito simpático porque eu era quase o único dos 3 (sou o caçula) filhos a desafiá-lo.

Resultado: me tornei homossexual. O problema não é moralista nem religioso, não julgo mal uma pessoa só por ser homossexual. O problema está na NATUREZA, que nos fez para termos filhos com gente do sexo oposto, se nossa mente não quer é porque há um distúrbio mental, um desvio comportamental. Não conheço nenhum gay (que eu tenha perguntado sobre) que não tenha tido algum problema no passado como abuso sexual, bullying, confundir admiração pela beleza de alguém do mesmo sexo (TODOS sentimos) com atração sexual, mau relacionamento com o pai, apego exagerado à mãe, más experiências com mulheres, experiências mais fáceis com homens, etc. Todos eu tive, exceto abuso.

Eu FUI TORNADO gay por todos esses problemas na infância e adolescência. Isso é o maior tormento da minha cabeça, porque acho que é incurável. TUDO na vida de um gay é mais difícil, tudo que ele faz ou diz é associado à sua sexualidade pelos ignorantes. Admiro os que vivem assim, mas não sou eles.

Minha autoestima está zero. Estou me cortando de propósito, não para sangrar até morrer, mas porque, pela minha terapeuta, a dor física às vezes supera a psicológica, por isso nos automutilamos.

Estou viciado em calmantes, tomo 4mg de Rivotril por dia quando menos de 1 é recomendado. Como estudo à noite, sinto pura indisposição, mas não consigo ficar sem tomar antes, se eu for à faculdade sem tomar os remédios, não consigo me concentrar.

Estou sociofóbico, também, graças a quase uma década de bullying que sofri no colégio. Raros eram os dias em que alguém não me xingava por nada. Agora sou adulto e sei que eles faziam isso porque para compensar suas próprias inseguranças, tinham que se sentir superiores a alguém... sobrou para mim. Já passou, mas a dor fica, não há uma semana que eu não pense nas humilhações diárias, no descaso dos professores...

Hoje sou um homem irrealizado, infeliz, nem cheguei perto de ser quem queria ser - odeio a pessoa que sou, na verdade - e não consigo prosseguir. Não há esperança, nada que me motive a continuar. O único prazer que tenho é jogar video game, para esquecer o mundo real. No mundo virtual eu sou o herói que enfrenta os perigos, mas no real a imensa maioria dos meus planos não deram certo e minha autoestima é chicoteada.

Uma pessoa que se suicida não tem essa ideia num minuto e no seguinte morre. Essa ideia cresce na sua cabeça como uma planta carnívora, ácida e espinhuda, se formando. Sei que não é uma coisa boa, mas já faz mais de 6 meses que TODOS OS DIAS eu penso em suicídio.

Estou muito cansado... não quero que minha vida seja uma perda de tempo, mas parece que vai ser. Então é melhor interromper. Não sei quando me suicidarei, nem como. Mas a ideia não me sai da cabeça nenhum dia há meses. Uma hora o momento chegará...

Só deixei bem claro à minha família e amigos que a culpa de qualquer besteira que eu vier a fazer é só minha, por minha falta de força no passado. Eles têm as vidas deles, não têm que se preocupar com a minha, não quero que se sintam culpados se eu chegar a cometer o suicídio que tanto penso.