segunda-feira, setembro 25, 2006

Coração Vagabundo

O álbum já não é novo, e a música muito menos, mas descobri, há já alguns meses, um álbum de música fantástico, principalmente para quem gosta de música latina como eu.

“Lágrimas negras” de Bebo Y Cigala.
Bebo Valdez – pianista cubano
Diego El Cigala – cantor castelhano

No meio de muita música boa, acabei por descobrir “Eu sei que vou-te amar” de Caetano Veloso - uma versão fantástica dessa música – e no meio dela uma outra música, do mesmo cantor, que pensei que fazia parte da mesma, e que não conhecia – “Coração Vagabundo”.

Fica aqui a letra, pois acho que diz muito deste diário, e muito de mim.

Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher

Que passou por meu sonho
sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo em mim

4 comentários:

Anónimo disse...

O link não funciona.

A.C. disse...

Caro anónimo,

muito obg. O link já está a funcionar. É o que dá na perceber muito destas coisas...

Aquele abraço,
xpto

Anónimo disse...

O Imponderável

trovões que ecoam de mansinho
rasgos, rudes e brancas memórias
de um falhado passado mono
sem trono nem ninho as fenixes alvas, mornas.

mudo de cor com o sol
as tristezas combatem-se com guronzan
o ardor de um bulício indiferente
marcas e odores de amanhã

cornetas anunciai a minha morte
centelhas, risos tortos e falácias.
certezas de finais arrebatados

fisgastes meu coração ó dama
ah, doença que embotas meus olhos
cortem-se as amarras, rompam-se rombos bruscos

A.C. disse...

Caro xyz,

Obrigado pelo contributo que dais ao meu blog.
As tuas sabias palavras ecoam dizeres que por vezes espelham sentimentos não sentidos, dores não sofridas, momentos não passados... pelo menos falo pela minha pessoa e meu viver.

Não findei, e acho eu, nem perto disso estou, e mesmo que morra (no sentido que este blog vê a morte), espero que as amarras não se soltem, mas que se tornem mais fortes, mais robustas e mais capazes de me prender no meu bom porto...

Espero, caso escrevas pela tua existência, que as cornetas quando anunciarem a tua morte que olhes pela janela e vejas que a manhã é bela e cheia de sol, e aí... aí sim, volta a viver, sê um gato, uma fênix, uma vagabundo... mas vive, porque a vida existe dentro de nós.

xpto