sexta-feira, dezembro 22, 2006
Os votos do costume
Lá se repte o ritual
Liga-se a amigos distantes
Fala-se até com emigrantes
Há música na avenida
E gente meio perdida
Compram-se presentes
Relembram-se os ausentes
Faz-se embrulhos coloridos
Para as esposas e maridos
Brinquedos para os filhotes
Bicicletas para os pequenotes
Lembram-se os necessitados
Acode-se os carenciados
Pedimos Paz e Alegria
Vemos o mundo com magia
Lembramo-nos do Nicolau
Comemos bacalhau
Comemos a aletria
E fazemos a folia
Este ano não é diferente
E por isso minha gente
A todos um Bom Natal
Alegria e coisa e tal
Um 2007 enorme
Que tudo se realize e transforme
Tudo isto é para você
E são os votos do AC
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Saudades
Ou será um sentimento normal que nos deixa estúpidos?
Por hoje é só…
terça-feira, dezembro 12, 2006
Soluções
De repente, e só porque nos deixamos levar pela emoções de um momento, vemo-nos com parte da solução, ou até mesmo toda a solução nas nossas mãos, e pensamos: mas isto, ou esta pessoa, no fundo, esta solução, sempre esteve aqui, sempre me procurou ajudar, sempre esteve de dedo levantado quando nós perguntávamos a nós próprios, em voz alta, mas sem fazer ruído: "Quem me quer ajudar que levante o dedo no ar?".
Depois fazemos um pouco de flashback e lembramo-nos de vários pequenos detalhes, ou até daquele daquele grande auxílio, mas que não demos importância e pensamos apenas que era a sua obrigação e nunca porque era um sinal de alguma coisa.
Posso partilhar com vocês que, sem fazer muito por isso, descobri uma grande fonte de água benta que me tem ajudado a curar as muitas feridas de guerra. A ti, obrigado, e para ti estas palavras:
Posso continuar a ser pequeno
Por muito que me transforme
Mas junto de ti, não sou grande
Junto de ti… eu sou Enorme
:)
sábado, dezembro 02, 2006
Baú dos Sonhos
E comecei a vasculhar...
Não sabia o que procurava
Muito menos o que ia encontrar
Encontrei brinquedos perdidos
Livros nunca antes lidos
Lembranças roubadas
E esperanças quebradas
Sorrisos escondidos
Lágrimas não choradas
Amigos desconhecidos
E contos de fadas
E foi ai que parei
De procurar o desconhecido...
No conto, tu eras a musa
De um duende atrevido
Adormeci nesse sonho
Sem querer dele acordar
Pois a musa não para
Do duende encantar
Para a Sayonara e para o seu blog :)
http://fadas-de-sayonara.blogspot.com/
Continua a escrever
sexta-feira, novembro 10, 2006
Necrologia
Sua família, amigos e conhecidos festejam com grandes bacanais distribuídos por todo o mundo.
A partir deste momento tomarei eu conta do blog. Legado pesado este deixado pelo xpto.
Bem, festejai, cantai, sorri e sejam felizes.
Como diria o Mário:
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
AC
quarta-feira, novembro 08, 2006
Pedaços
pedaços de ti
bocados de um sonho
que um dia vivi
procuro em ti
pedaços de mim
de tudo que te dei
do início ao fim
procuro os pedaços
que me roubaste um dia
e encontro os bocados
que me deste sem alegria
palavras e gestos soltos
que me deste sem querer
que alimentaram a paixão
e agora fazem sofrer
sofrer por a pouco saber
... Triste estou
por querer mais
e nao haver para onde vou
Depois de escrever este poema, tomei uma decisão. Saí do comboio parado, e mudei de linha... Não havia outro comboio nessa linha, então decidi caminhar a pé, sozinho na noite sem medo de me perder... quem sabe não me perca mesmo e vá dar à terra dos comboios mágicos, que voam e acima de tudo que nos fazem voar... não deve existir essa terra, mas a esperança e a força de vontade não me devem deixar ficar mal...
2006-11-07 @ LX -> Porto
Desilusão
Pior mesmo é sentir que seguimos o caminho certo e que nem pedras encontramos para fazer um castelo, nem armas perdemos para sermos mais penetráveis. Sinto-me um poeta sem poemas, um pintor sem tintas, um cantor sem voz, um coração sem amor.
Não existe paixão
Amor ou amizade
Que lhe resista
Não existe força
Nem que tudo
Se invista
A vida tem mais valor
E merece muito mais
Nunca podemos fazer
Demais pelos... Demais
Uma desilusão é
Perder valores e princípios
Construir fins
Destruir inícios
Perder esperança
Sorriso e paixão
Ter esperado ficar de pé
E acabar caído no chão
2006-11-07 @ LX -> Porto
segunda-feira, novembro 06, 2006
Fim de linha
A protecção civil não sabe quando é que a mesma será aberta.
Por seu turno, o blog, não sabe se sai agora do comboio ou se espera que a linha seja reaberta.
A vontade é sair e mudar de linha, mas como não conheço a zona, não sei se existem linhas disponíveis e com actividade por perto.
Agradeço no entanto a este comboio por me ter trazido até aqui. Não me cobrou bilhete, mas acabou por levar caro a tentativa de utilização do serviço básico...
xpto (ou talvez não :( )
sexta-feira, novembro 03, 2006
Como preciso de ti
Ontem, em mais uma noite de cantoria amadora, descobri a música que descreve exactamente o que preciso e o que quero fazer.
Um dia De Domingo
Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar de encontro ao vento
Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol que te bronzeia
Eu preciso te tocar
E outra vez te ver sorrindo
E voltar num sonho lindo
Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo
Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixar falar a voz do coração
Gal Costa
Eu sei que tinha prometido a mim mesmo, e a outras pessoas que me adoram :), que iria abandonar esta questão, que ia dar um passo em frente, nem mesmo que isso significasse cair de um precipício :), mas não consegui... sou um fraco, um velho apaixonado pela vida e fascinado por ti...
sábado, outubro 28, 2006
Royal
"Boa Noite! Tudo bem?
Ou tudo menos mal?"
É assim que começa
A aventura no Royal
Tudo que aqui se come
É um verdadeiro petisco
Desde do naco de carne
Até ao esparguete de marisco
Para os mais indecisos
E que não gostam de comer mal
Temos sempre pronto a sair
O famoso Bacalhau á Royal
Para sobremesa temos
Fruta, doce e mel
E sempre um sorriso
Do Fábio, da Natália, Marina, Alice
Fátima, Martinha ou da Isabel
Quem no final pedir
Um café e palitos
Fica logo a saber
Que de pessoas...
existem quatro tipos
No Royal tudo é perfeito
Nada tem maldade
Ele pára de peito e distribui
Paz, amor, alegria e felicidade
Quer se beba
Água, sumo ou vinho
Toda a gente sai a gostar
Do nosso querido Jorginho
Quer tenha fome ou não
Esteja bem ou muito mal
Venha cá buscar o seu sorriso
Afinal de contas...
Você está no Royal
Parabéns e aquele abraço.
2006-09-15 @ algures entre LX e Porto
quarta-feira, outubro 25, 2006
Diário d’um Suicida na recepção ao caloiro do IPCA
Ontem na recepção ao caloiro do IPCA alguém, com a minha autorização leu um poema meu.
Sem dúvida um momento brilhante: a tuna de pano de fundo, o silêncio na sala era geral, e antes de entrar a tuna com uma serenata ouve-se o poema Serenata.
Pena foi não ter havido sal suficiente para temperar o meu coração.
Vai tuna!!!
quarta-feira, outubro 18, 2006
Diário d’um suicida na Prova Oral da Antena 3
Hoje fiz a minha primeira Prova Oral.
Quer isto dizer, participei, mesmo eu, a pessoa que escreve neste blog, no programa “Prova Oral” da Antena 3. Era um programa sobre poemas, com a participação da Caixa Geral de Despojos.
Li o poema “Sozinho de Ti”, e segundo algumas fontes até nem correu muito mal... :)
Quem ouviu o que é que acha? Acham que passei na prova?
Nota: escrevo isto apenas no sábado.
quinta-feira, outubro 12, 2006
Sozinho de ti
Ela olha para mim
Com olhos de quem quer
Começar tudo pelo fim
O jogo de toques e sorrisos
Preenchem os momentos vazios
Onde eu procuro e encontro
Onde ela me faz novos desafios
Sinto a pele dela na minha
O seu respirar no meu corpo
Sinto capaz de morrer ali
No meu leito, cheio de conforto
Os dedos cruzam-se mais uma vez
Sussurro-lhe palavras imperceptíveis
Oiço sons que pensei não existir
Sinto sentimentos insensíveis
Percorro o corpo dela com o olhar
Vejo o mais belo de todos os seres
Sinto-me fraco de ter tanta força
Capaz de receber todos os prazeres
Emociono-me de ter sentido a emoção
De nunca ter tido este carinho
Abro os olhos e procuro em redor
Não estás lá, estou só, sozinho
11 de Outubro de 2006 @ Algures entre Lx e Porto
terça-feira, outubro 10, 2006
Explicação
Sem dúvida lindo.
O autor, não anónimo, deu autorização para o colocar aqui, mas pediu o colocar como tal.
Beleza e Simplicidade,
Assim se poderia resumir
Esta foto, a tua expressão,
A tua forma única de sorrir
Mais palavras para quê?
Seria tentar atingir um nível
Onde se pretende atingir
O que é inatingível
Seriam apenas palavras soltas.
Apenas uma forma mais amável
De tentar explicar aquilo
Que de certa forma e inexplicável
Obrigado pelo contributo :)
sexta-feira, setembro 29, 2006
CATS
Na passada terça-feira fui ver o Musical CATS no Coliseu do Porto.
Tenho de vos dizer que é simplesmente fantástico. Se ainda não viram e se tiverem um dia a oportunidade de irem ver, percam amor aos Euros e vão. Tenho a certeza que irão adorar.
O CATS é repleto de energia, de grandes coreografias, de excelentes bailarinos e cantores, e de muito boa música.
E o que é que o CATS tem a haver com este diário, perguntam vocês?
Tudo, digo-vos eu.
Resumindo o CATS fala dos gatos Jellicle que se juntam uma vez por ano para escolher um gato que terá a oportunidade de ter uma nova vida.
Ou seja, tal como eu, também Grizabella precisava de renascer, de ter uma nova vida, e também ela teve direito a uma.
Aquele Abraço
xpto
segunda-feira, setembro 25, 2006
Coração Vagabundo
“Lágrimas negras” de Bebo Y Cigala.
Bebo Valdez – pianista cubano
Diego El Cigala – cantor castelhano
No meio de muita música boa, acabei por descobrir “Eu sei que vou-te amar” de Caetano Veloso - uma versão fantástica dessa música – e no meio dela uma outra música, do mesmo cantor, que pensei que fazia parte da mesma, e que não conhecia – “Coração Vagabundo”.
Fica aqui a letra, pois acho que diz muito deste diário, e muito de mim.
Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meu sonho
sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo em mim
sexta-feira, setembro 22, 2006
Chorar
Berrar bem alto
Subir ao cimo
E dar o salto
Correr, fugir
Para bem longe
Mudar de traje
Tornar-me monge
Esquecer, lembrar
Perder e encontrar
A luz do sol
O brilho do luar
Manter, mudar
Tudo que sempre quis
Ficar assim
Triste e feliz
21 de Setembro de 06 @ Royal
quinta-feira, setembro 21, 2006
Fénix
Porém o meu PC decidiu que eu não ia publicá-lo e pinga, crashou sem guardar cópia.
Estava a pensar reescrevê-lo quando me lembrei que o melhor título para esta tentativa é “Fénix”.
Espero ter os poderes que esse fantástico ser da mitologia Grega tinha (podem saber mais aqui): poder morrer e renascer das minhas próprias cinzas com os mesmos poderes e com a mesma beleza.
Já agora aproveito esta tentativa para agradecer a todos, amigos e desconhecidos, autenticados e anónimos, que me acompanham nesta “transição final” e pelos mais de 1000 visitas (ou hits) no diário - mesmo que grande parte tenha sido efectuada por mim.
A todos o meu muito obrigado pelos conselhos, pelos comentários, por tudo… serão sempre as minhas penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas que me dão beleza e motivos para sorrir.
xpto
quinta-feira, setembro 14, 2006
Suspiro
Suspiro quando penso em ti
Quando ouço o teu nome
Desde o primeiro dia que te vi
Suspiro!
Por ter de ti saudades
Porque ainda não te disse
Aquela meia dúzia de verdades
Suspiro!
Por não te ver há quase um mês
E saber que mais um poderá vir
E talvez te veja… talvez
Suspiro!
Por ver o teu hi5 todos os dias
E saber quase de cor
Todas as tuas fotografias
Suspiro em cada um destes momentos
Suspiro, e farto-me de suspirar
Mas ainda bem que o faço
Senão, já tinha parado de respirar
14 de Setembro 2006 @ work
segunda-feira, setembro 11, 2006
De pés no chão
Era uma vez um menino que tinha um ser de estimação.
Dedicava toda a sua vida aquele ser. Todo o amor e carinho que tinha, era para aquele ser. Todo o sorriso que dava, todo o gesto que fazia, cada vez que respirava, fazia-o pela paixão que sentia por aquela criatura.
II – A perda
Porém, e como tudo na vida o ser amado morreu e o menino decidiu enterrá-lo.
No entanto, e como forma de apagar o seu sofrimento decidiu enterrá-lo bem fundo. Escavou um buraco com a profundidade das suas pernas, achou que era pouco e avançou um pouco mais… Seu sofrimento era tanto que mal se apercebeu do tempo que passara naquela dolorosa tarefa. Quando suas forças se acabaram, olhou para cima e nada via, apenas a escuridão. Estava tão fundo que nem a luz do sol, nem o luar conseguiam iluminar o fundo do buraco. Estava tão fundo, e tão sem forças, que por mais que tentasse não conseguia sair daquele buraco.
Decidiu adormecer e sonhar nos tempos em que tinha o ser para brincar.
III – A alegria
Um balão, com um cordel mágico, vagueava solitário nas alturas, sempre feliz por ver o azul celeste do céu e o vermelho encandeante do pôr-do-sol, viu algo que lhe chamou a atenção! Uma luz negra sobressaía do campo verdejante que sobrevoava.
Aproximou-se, espreitou e nada mais viu que a escuridão. Sem o balão saber porquê, o seu cordel atirou-se para o meio da escuridão. O balão, mesmo sendo dono do cordel bem tentou puxar pelo cordel, mas este crescia, crescia e parecia não ter fim. Decidiu voar para ver se a ponta do cordel voltava a aparecer na escuridão.
IV – A esperança
Meio adormecido no escuro, e quase sem esperança o menino sente algo a tocar-lhe no ombro, amarra, e sente que começou a ser puxado… deixa-se levar e começa a sentir novamente forças para viver. A esperança de ver novamente o sol, a lua e de sentir a brisa fresca do mar, fazem com que ele esqueça o ser amado…
Chegado á superfície sente-se estranho, tão estranho que nem repara que esse sentimento de confusão advém do facto de se estar a rir (algo que já não sentia há muito tempo). Uma confusão que lhe fazia sentir-se bem, e assim aos poucos respirou, chorou de alegria e voltou a rir…
V – A indiferença
Depois da alegria, seguiu a corda com os olhos e viu que um lindo balão segurava a outra ponta da corda. Trepou, chegou perto do balão e falou com ele, o balão, olhou, sorriu distante e nem lhe respondeu… Voltou a insistir e o balão voltou a não responder, desta vez nem sequer olhou…
O balão continuava a saborear o luz do sol, e o bater do vento nos sua face. E o menino?! Esse, começou a sentir o sorriso fugir… e viu que estava já demasiado alto para largar a corda…
VI – A conclusão
Por vezes estamos tanto tempo na escuridão, e temos tanta vontade de sair dela, que a primeira oportunidade que nos é dada, apertamos a mesma com as duas mão, e não nos apercebemos que a dado momento devemos largá-la e sentir-nos livres sozinhos novamente, e aproveitar bem o facto de ter o pés bem assentes no chão…
Já agora, o que é que vocês escolhiam? Saltar? voltar para o bruraco? ou disfrutar mais um pouco da vista?
xpto
sábado, setembro 09, 2006
Mentira?!
...
Tenho saudades de te ver
Vontade de te abraçar
Sozinho tocando um guitarra
Junto ao mar
Recordo-me de ti
Imagino porquê
A tua cara a flutuar
Porque é que a vida
Nos fascina?
Tantas vezes nos domina?
Acreditar que no amor
Não se sente a dor
Mas é mentira!
Mentira! Mentira!
Pensamento final: Será que é mentira? Por vezes penso que o amor sem dor não tem o mesmo sabor. Basta ver por mim, eu não amo ninguém neste momento, mas acho que certos sentimentos que floresceram em mim, e que não são correspondidos, logo provocam-me dores terríveis, acabaram por despertar uma alegria diferente de viver, uma forma diferente de me expressar – por exemplo, e ao contrário de muita gente, não tenho medo ou vergonha de dizer: estou apaixonado, e isso faz-me feliz. Por isso, para mim não é mentira, e ainda bem.
09 de Setembro de 06
terça-feira, setembro 05, 2006
E se o tempo…
E se tivéssemos mais tempo?
Por vezes, e ás vezes muitas vezes, damo-nos conta a pensar nestas coisas:
E se isto? E se aquilo? E se eu tivesse feito assim? E se eu tivesse feito assado? (em vez de cozido?)
E raramente nos apercebemos que o tempo que perdemos a pensar nestas pequenas coisas, servia para:
Fazer coisas de forma diferente
Refazer coisas
Repensar coisas
Replanear coisas
E acima de tudo, ganhar tempo para ter tempo para estas coisas…
Com tanta coisa e tanto tempo, acabei de perder tempo para fazer alguma coisa.
Aquele abraço,
xpto
(Nota pessoal: A ti só te peço tempo para depois não perderes tempo a pensar no tempo destas coisas)
O que fazer?
Sinto que estou a preparar a minha sepultura para o suicídio.
Ainda não escolhi o método, nem o dia, nem o local, mas… quinta-feira é um bom dia, junto a ti, no sítio do costume, com um, dois ou três copos de veneno na mão.
Não tenho medo de morrer, tenho medo é da pessoa que descobrir depois de morrer!
Se for mais um xpto, alegre, divertido, e com força de viver – não me preocupa.
Se for uma sombra, sem paixão, carinho ou amor - preocupa-me mas não tenho medo.
Se for a pessoa que deu origem ao xpto, isso sim, isso assusta-me e preocupa-me.
O próximo poema foi escrito para ti e só para ti, já há algum tempo – mas como o publicaste, publico-o aqui também.
Estou na profissão errada.
Hoje cheguei a esta conclusão.
Até gosto do que faço,
E até não ganho mal, não!
Mas o gostar e o ganhar não chega
Preciso de algo que me alimente
Que me dê força todos os dias
E que me liberte a mente
Um emprego ao ar livre
Preferencialmente à beira-mar
Para poder sorrir todo o dia
E não ter dificuldade de respirar
Foi então que descobri!
Quero ser salineiro
É que assim, posso ter “sal”
Durante o dia inteiro
18 de Agosto de 2006 @ ?
quinta-feira, agosto 31, 2006
Ilusões
Como comentei no blog dela:
“As ilusões, e não só as de óptica, são aquelas que nos fazem pensar em dar o primeiro passo para conhecer uma pessoa, ou alguma coisa, ou algum lugar, etc... Qual seria a piada se tudo estivesse a nu? Qual seria a piada da primeira ser a única (porque seriam todas iguais) visão que temos sobre determinada pessoa ou coisa?
Não tinha piada! Tudo seria descoberto com um simples olhar.
Vale a pena ter ilusões para existir o sonho, para existir a surpresa, para existir a forma inesquecível que nos lembramos daquela pessoa singular.”
Porém depois de pensar sobre o assunto tentei arranjar duas formas de expressar diferentes situações de ilusão.
A surpresa pela negativa:
Por vezes quando conhecemos alguém, aquilo que vemos é um lindo botão de rosa. Ficamos logo fascinados, com vontade de o colher e de ficar com ele para nós. Depois, quando nos aproximamos vemos que afinal uma outra pétala está a cair, que uma está partida e outra a apodrecer. E normalmente quando nos amarramos é que sentimos os verdadeiros espinhos.
A surpresa pela positiva:
De certeza que já vos aconteceu de terem conhecido alguém e a primeira sensação ser: esta pessoa é uma escuridão, não passa de uma sombra. Normalmente fugimos, afastamo-nos com o medo ou pelo simples facto de gostarmos mais de botões de rosa do que de sombras. A diferença aqui, está em não procurar o que está na sombra, mas sim desviar um pouco o olhar. Acreditem que por vezes vamo-nos surpreender, quando virmos que essa sombra é causada por uma linda árvore pertencente a um jardim cheio de botões de rosa.
Moral: as ilusões servem para nos cativar, ou afastar de alguma coisa, ou de alguém, porém temos de ser sábios e perspicazes para entender quando essa ilusão se aproxima ou não daquilo que realmente ilude, ou então se não passa de um ângulo mau que escolhemos para ver alguém.
Como diriam na rádio: “Já agora, vale a pena pensar nisto”. :)
xpto
terça-feira, agosto 29, 2006
Palavras ao vento
Queria-te ver e sentir
Ler-te tudo o que escrevi
E ter mais motivos para sorrir
Mais uma vez não estavas
E fiquei outra vez só
Foi então que descobri
A forma de desatar este nó
A forma que descobri
Não me faria perder tempo
Eu atiraria palavras ao ar
Quem tas levaria seria o vento
A brisa que hoje sentiste
Eram sussurros meus ao ouvido
Dizendo tudo aquilo que sinto
Tudo que alguma vez havia sentido
Depois de certeza que sentiste
Que a brisa arrefeceu
Eu disse-te que me sentia só
E vento percebeu
Percebeu que preciso de ti
Como o reino de sua majestade
Responde de presa por favor
Antes que o vento vire tempestade
Se responderes e sentires
Que o vento está a acalmar
Fecha os olhos e pensa em mim
E irás ouvir-me a falar
Se não responderes
E sentires que a tempestade passou
Não chores, não fiques triste
Foi apenas alguém que se suicidou
29 de Agosto de 2006 @ Royal
segunda-feira, agosto 28, 2006
6 sentidos
Acendi a luz excitado,
Mas reparei que estava só,
Não estavas a meu lado.
Triste, fechei os olhos!
Senti o toque da tua mão,
Voltei a abrir os olhos
Para ter nova desilusão.
Decidi levantar-me da cama
E ouvi-te chamar por mim.
Estou a dar em tolo, pensei!
Mas gosto de me sentir assim
Engoli em seco
E acho que senti o teu sabor
Não o conheço, mas sei que
Deve ser mais suave que um licor
Olhei para o espelho
E vi-te a meu lado a sorrir
É assim que quero estar contigo
Feliz, a teu lado, sempre a rir
Toda esta forma de te sentir,
Não passa de uma ilusão.
A culpa é do sexto sentido
Que dá pelo nome de paixão!
28 de Agosto de 2006
domingo, agosto 27, 2006
Serenata
Só para ti meu bem
Pois para mim só existe tu
Só tu e mais ninguém
Tentei tocar-te uma serenata
Mas não encontrei um instrumento
Que tivesse o som suave
E apaixonado do meu sentimento
Tentei tocar-te uma serenata
Mas fiquei afónico, sem voz
Incapaz de cantar para ti
Para mim ou para nós
Tentei tocar-te
Tocar-te uma serenata
Sem medo sem tabu
Mas descobri
Que essa serenata
Eras tu
26 de Agosto de 2006 @ Royal Barcelos
sexta-feira, agosto 25, 2006
Timidez
Prometi a mim próprio que o próximo texto o iria escrever junto a ela, ou a olhar para ela. Não fui capaz! Mais uma vez falhei.
Este texto escrevi-o mais ou menos há trinta minutos, a olhar para o sítio onde ela estava a cerca de 3 horas. Sou assim, tímido, quem me conhece não acredita, mas é verdade. Estou perto de cometer suicídio, não o quero fazer, mas quem eu quero, não me quer matar.
Estou farto de mim
Estou cheio de ser assim
Estive hoje a teu lado
E senti-me só, apagado
Nem sequer um simples olá
Te fui capaz de dizer
Olhei para ti e lembrei-me
Que de ti não me quero esquecer
E no fim da noite o sentimento é
Só mais uma semana sem te ver
Só mais uma semana xpto
Ou só mais uma para te perder
Preciso que me digas algo
Preciso de um sim, não ou talvez
Preciso de me libertar
De perder esta timidez
25 de Agosto de 2006 @ Turismo
PS: Depois de escrever este texto disse-lhe quem era eu (por mensagem hi5). Disse-lhe só a ela, porque não a quero expor. Não é a minha exposição que me preocupa, pois eu estou exposto há demasiado tempo, mas sim a exposição dela…
Se um dia eu me suicidar, não chorem, foi apenas decisão minha, foi apenas uma opção de vida...
quinta-feira, agosto 24, 2006
Inquietude
Inquietude
Sentimento que vem do coração
Que muitos confundem com amor
Mas que na verdade é paixão
É assim que me sinto
Inquieto
Com vontade de tudo conquistar
Para me sentir mais completo
Mais completo de amor
De carinho, de compreensão
Ou então apagar para sempre
Essas palavras do meu coração
Mas se as apagar
Acaba-se a minha juventude
Cometendo suicídio mesmo ali
Acabando com a minha... inquietude
24 de Agosto de 2006
PS: Obrigado “fana”
A tua imagem
Hoje quis explorar-te,
Analisar até ao pormenor
Toda a tua beleza,
Todo o teu exterior.
Assim, e como não estavas aqui,
Decidi pegar na tua fotografia,
Aquela que tens no hi5
Junto á minha poesia.
Quero que saibas que para mim
Estás sempre fabulosa,
Mas nesta estás ainda mais,
Estás simplesmente formosa
Comecei por me perder
No teu sorriso maravilhoso,
E depois contei os teus cabelos.
Demorou, mas deu-me gozo.
Rodei a cabeça,
E fiquei horas a olhar para ti,
Perdi-me nos teus olhos,
Na imensidão daquilo que vi.
Depois de analisada
Toda em pormenor
Decidi ver com calma a imagem
Como um grande admirador
Quero que saibas que essa imagem
Tem cento e vinte mil pedaços
Que espero ser o número
Que eu te dê de abraços
Teu sorriso tem apenas
Dois mil e quatrocentos bocadinhos
Mas mesmo assim é enorme
E pede muito mais beijinhos
Poderia falar-te horas
De cada um dos pedaços da imagem
Mas há tanto para dizer que
Teria de criar uma nova linguagem
24 de Agosto de 2006
quarta-feira, agosto 23, 2006
Porquê diário d’um suicida?
As pessoas que me conhecem, têm todas comentado, quer por comentário ao blog, quer pessoalmente, que o nome do blog não é lá muito, como é que eu hei-de dizer... simpático.
Pois bem, eu fiquei de dar uma explicação e aqui vai.
Porquê diário d’um suicida?
O nome inicialmente seria “devaneios” ou “quimeras”, mas como esses nomes já estavam ocupados, assim surgiu diário d’um suicida.
A parte do diário porque espero que isto reflicta o que vivo no dia a dia, não será aqui que venho dizer todos os dias o que se passou, mas virei de vez em quando mostrar o que sinto. O que sinto por alguém especial, ou por alguma coisa…
Nesta fase do meu blog, eu quase que poderia chamar ao blog, “tributo”, por ser isso que estou a fazer alguém, ou então “salina” (mas esse é a minha cabeça pois é lá que ela mora :)).
Suicida! Suicida porque a pessoa que escreve este blog, além de ser alguém que eu gosto muito, alguém que se ri, alguém que tem motivos para todos os dias sair de casa a correr, alguém que não tem medo de expressar (mesmo que como anónimo – prometo que um dia resolvo isso), é uma pessoa muito triste, com um vazio enorme, não por dentro, mas sim por fora, por não ser correspondido, ou melhor por não ser compreendido...
E essa pessoa, espero eu, espero que morra, mas que morra por substituição a uma outra pessoa renovada, com a mesma força de amar, com a mesma força de viver, de escrever, de querer te ter, mas sem os problemas da compreensão…
Chamei-lhe suicida, mas deveria chamar “vítima de homicídio não cometido”, pois prefiro que essa pessoa desapareça vítima de assassinato em vez de suicídio, ou seja, que seja alguém a matar a solidão que existe dentro dela, do que a solidão a matá-la...
Espero que me tenham entendido, caso contrário – faço um desenho :)
xpto
terça-feira, agosto 22, 2006
A minha forma de te ter
Ter-te, sentir-te, ver-te
Enfim, tudo o que sempre quis
Amar-te
Comecei por te procurar
Passei por te desejar
E acabei por não te encontrar
Sempre sem te ter
Sentindo o teu toque, o teu cheiro
Sentindo o teu poder
Que tens sobre mim
Era capaz de dizer não a tudo
Excepto se me dissesses para dizer sim
E no fim não te encontrei
Mas quando acordei senti
Que te tive, vi, senti e amei
Será este o meu fado
Ter-te, sentir-te, ver-te e amar-te
Sem nunca te ter a meu lado
Não peço o teu coração
Peço-te apenas carinho, amizade
E um pouco da tua atenção
Eu escrevo, falo e invento
Sem nunca ouvir de ti
Uma palavra, um sentimento
Se gostas do que faço por ti
Daquilo que sinto, que mostro
Disto que ainda agora escrevi.
22 de Agosto de 2006
sábado, agosto 19, 2006
Porque escrevo
Mais uma vez estou só
Estou sem nada para fazer
Não sei se hei-de sair
Ou ficar aqui a escrever
Sinto-me capaz de escrever
Durante dias seguidos
Sem sequer pensar em ti
Ou nos teus lindos sorrisos
Porém quando escrevo
Não o faço por mim
Se calhar faço-o por ti
Na esperança de ouvir um sim
Então como posso eu dizer
Que não penso em ti
Será porque sinto
Tudo aquilo que já sofri
Talvez, não sei!
Só sei que escrever
Me deu um novo ânimo
De pensar... de viver
Sinto-me jovem outra vez
Com força para tudo curtir
Com vontade de não parar
Com vontade de sorrir
Por isso quero agradecer-te
Todo este novo alento
Esperando que para ti
Nunca seja eu tormento
19 de Agosto de 2006
Sono
Hoje tentei adormecer
Sem me lembrar de ti
Senti-me esmorecer
E por fim adormeci
Acordei sobressaltado
Pensava eu, dias depois
Olhei para o lado
E minutos... foram dois
Procurei-te ali perto
Ainda de luz apagada
Estavas em lugar incerto
Sem dizer nada
Voltei a tentar adormecer
Dei uma volta e sorri
Sei que é forte o meu querer
Mas já me havia lembrado de ti
19 de Agosto de 2006
quinta-feira, agosto 17, 2006
Palavras
O próximo foi escrito numa esplanada de um bar em Barcelos.
Estava uma noite triste, sentia-me só e procurei nas letras, como sempre, o aconchego…
Se encontrei? Isso já são mais quinhentos...
Noite, escuridão, solidão.
Palavras com sentido diferente
Mas direcção igual.
Amor, loucura, paixão.
Palavras com sentido igual
Mas direcção diferente.
Sinto-me sem sentido nem direcção
Por vezes dou por mim aqui...
Onde?
Num sitio
Onde o Amor e a solidão
Têm o mesmo significado
Onde a noite e a paixão se juntam
Para me dizer que sou
Apenas loucura e escuridão.
28 de Maio de 2006
Mar e Sal
Como sei que também gostas
Hoje fui passear para o mar
Tinha saudades de ti
E precisava de pensar
Precisava de pensar
E pensar bem fundo
Se era por ti que me estava a apaixonar
Ou apenas pelo teu mundo
Nunca entendi muito bem
O que me está a acontecer
No início, só me fizeste bem
Mas agora estou a adoecer
Procurei a cura para mim
Dentro da água
Precisa de procurar a paz
Que me acalmasse esta mágoa
Nadei, nadei, nadei
Nadei até me sentir mal
E depois fiquei feliz
Pois a água sabia a ti
A água sabia a sal
17 de Agosto de 2006
quinta-feira, agosto 10, 2006
Fito
Depois de ter criado o blog e de ter efectuado as minhas primeiros tentativas, todos com o mesmo propósito, o meu condimento, decidi dizer mais qualquer coisa.
Condimento - parte 3
Só mais um...
Parque dos poetas! :)
Engraçado não e!
Eu e que deveria estar ai,
No meu parque, a pensar
E a escrever para ti.
Foste a minha procura?
Foi pena não me teres encontrado,
Era capaz de fazer de ti um poema
E falar-te do meu triste fado.
O fado de não te ouvir,
De não te ter,
De não te sentir...
O fado de não te ver.
Se um dia lá voltares
Chama bem alto por mim,
Pode ser que eu lá esteja
E que escreva algo assim:
08 de Agosto de 2006
Condimento - parte 2
Se um dia alguém te disser
Que o sol não esta brilhar,
Ou se alguém te disser
Que não existe luar
Quero que saibas que a culpa é tua,
Que o teu sorriso e o culpado.
Pois eu se fosse a lua ou o sol
Também me sentia envergonhado
Tinha vergonha de o meu brilho
Não ser tão intenso como teu
E queria fazer parte de ti
Para que esse brilho fosse meu
Condimento - Parte 1
Estou triste...
Por haver cegos
Que não consigam ver
Toda a beleza desta foto.
Estou triste...
Por haver paralíticos
Que não te consigam
seguir.
Estou triste...
Por haver surdos
Que não consigam
Ouvir a tua voz.
Estou triste...
Por haver mudos
Que não consigam
Dizer o quão bela és.
Estou triste...
Por eu ser cego,
Ser surdo,
Ser paralítico
E por eu ser mudo.
Mas mais triste estou,
Por tu não quereres que eu veja,
Que eu ande,
Que eu fale e que eu ouça.