sexta-feira, dezembro 22, 2006

Os votos do costume

Todos os anos pelo Natal
Lá se repte o ritual
Liga-se a amigos distantes
Fala-se até com emigrantes
Há música na avenida
E gente meio perdida
Compram-se presentes
Relembram-se os ausentes
Faz-se embrulhos coloridos
Para as esposas e maridos
Brinquedos para os filhotes
Bicicletas para os pequenotes
Lembram-se os necessitados
Acode-se os carenciados
Pedimos Paz e Alegria
Vemos o mundo com magia
Lembramo-nos do Nicolau
Comemos bacalhau
Comemos a aletria
E fazemos a folia
Este ano não é diferente
E por isso minha gente
A todos um Bom Natal
Alegria e coisa e tal
Um 2007 enorme
Que tudo se realize e transforme
Tudo isto é para você
E são os votos do AC

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Saudades

Puto de sentimento estúpido!!!
Ou será um sentimento normal que nos deixa estúpidos?


Por hoje é só…

terça-feira, dezembro 12, 2006

Soluções

Por vezes procuramos a solução para um determinado problema longe do nosso âmbito de acção. Achamos que aquilo que faz parte do nosso mundo nunca nos há-de ajudar a resolver seja o que for – o velho ditado: “Santos da casa, não fazem milagres”.
De repente, e só porque nos deixamos levar pela emoções de um momento, vemo-nos com parte da solução, ou até mesmo toda a solução nas nossas mãos, e pensamos: mas isto, ou esta pessoa, no fundo, esta solução, sempre esteve aqui, sempre me procurou ajudar, sempre esteve de dedo levantado quando nós perguntávamos a nós próprios, em voz alta, mas sem fazer ruído: "Quem me quer ajudar que levante o dedo no ar?".
Depois fazemos um pouco de flashback e lembramo-nos de vários pequenos detalhes, ou até daquele daquele grande auxílio, mas que não demos importância e pensamos apenas que era a sua obrigação e nunca porque era um sinal de alguma coisa.

Posso partilhar com vocês que, sem fazer muito por isso, descobri uma grande fonte de água benta que me tem ajudado a curar as muitas feridas de guerra. A ti, obrigado, e para ti estas palavras:

Posso continuar a ser pequeno
Por muito que me transforme
Mas junto de ti, não sou grande
Junto de ti… eu sou Enorme

:)

sábado, dezembro 02, 2006

Baú dos Sonhos

Abri o baú dos sonhos
E comecei a vasculhar...
Não sabia o que procurava
Muito menos o que ia encontrar

Encontrei brinquedos perdidos
Livros nunca antes lidos
Lembranças roubadas
E esperanças quebradas

Sorrisos escondidos
Lágrimas não choradas
Amigos desconhecidos
E contos de fadas

E foi ai que parei
De procurar o desconhecido...
No conto, tu eras a musa
De um duende atrevido

Adormeci nesse sonho
Sem querer dele acordar
Pois a musa não para
Do duende encantar


Para a Sayonara e para o seu blog :)
http://fadas-de-sayonara.blogspot.com/
Continua a escrever

sexta-feira, novembro 10, 2006

Necrologia

É com grande júbilo que informo que o xpto se suicidou.
Sua família, amigos e conhecidos festejam com grandes bacanais distribuídos por todo o mundo.

A partir deste momento tomarei eu conta do blog. Legado pesado este deixado pelo xpto.
Bem, festejai, cantai, sorri e sejam felizes.

Como diria o Mário:

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.


AC

quarta-feira, novembro 08, 2006

Pedaços

procuro em mim
pedaços de ti
bocados de um sonho
que um dia vivi

procuro em ti
pedaços de mim
de tudo que te dei
do início ao fim

procuro os pedaços
que me roubaste um dia
e encontro os bocados
que me deste sem alegria

palavras e gestos soltos
que me deste sem querer
que alimentaram a paixão
e agora fazem sofrer

sofrer por a pouco saber
... Triste estou
por querer mais
e nao haver para onde vou


Depois de escrever este poema, tomei uma decisão. Saí do comboio parado, e mudei de linha... Não havia outro comboio nessa linha, então decidi caminhar a pé, sozinho na noite sem medo de me perder... quem sabe não me perca mesmo e vá dar à terra dos comboios mágicos, que voam e acima de tudo que nos fazem voar... não deve existir essa terra, mas a esperança e a força de vontade não me devem deixar ficar mal...


2006-11-07 @ LX -> Porto

Desilusão

Pois é, a vida e mesmo assim. De um momento para o outro viajamos do céu ao inferno em menos de um nada. Olhamos para o lado e nem no espelho nos vemos, ou pior ainda, nem o espelho vemos. Olhamos para trás e sentimos que nada que fizemos fez sentido. Não ganhamos nada excepto mais uns dias de vida vividos sem sentido, Mais umas horas de sono perdidas, mais umas horas de solidão. Olhamos para a frente e nada vemos ou nada queremos ver.
Pior mesmo é sentir que seguimos o caminho certo e que nem pedras encontramos para fazer um castelo, nem armas perdemos para sermos mais penetráveis. Sinto-me um poeta sem poemas, um pintor sem tintas, um cantor sem voz, um coração sem amor.


Não existe paixão
Amor ou amizade
Que lhe resista
Não existe força
Nem que tudo
Se invista

A vida tem mais valor
E merece muito mais
Nunca podemos fazer
Demais pelos... Demais

Uma desilusão é
Perder valores e princípios
Construir fins
Destruir inícios

Perder esperança
Sorriso e paixão
Ter esperado ficar de pé
E acabar caído no chão


2006-11-07 @ LX -> Porto

segunda-feira, novembro 06, 2006

Fim de linha

Devido ao mau tempo, a linha de comboio que leva este blog foi interrompida.
A protecção civil não sabe quando é que a mesma será aberta.
Por seu turno, o blog, não sabe se sai agora do comboio ou se espera que a linha seja reaberta.
A vontade é sair e mudar de linha, mas como não conheço a zona, não sei se existem linhas disponíveis e com actividade por perto.
Agradeço no entanto a este comboio por me ter trazido até aqui. Não me cobrou bilhete, mas acabou por levar caro a tentativa de utilização do serviço básico...

xpto (ou talvez não :( )

sexta-feira, novembro 03, 2006

Como preciso de ti

Tenho procurado de várias formas, por poemas, por telefone, por Messenger, dizer-lhe o quanto preciso dela, e não tenho obtido sucesso.
Ontem, em mais uma noite de cantoria amadora, descobri a música que descreve exactamente o que preciso e o que quero fazer.

Um dia De Domingo

Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar de encontro ao vento
Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol que te bronzeia
Eu preciso te tocar
E outra vez te ver sorrindo
E voltar num sonho lindo
Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo

Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixar falar a voz do coração


Gal Costa

Eu sei que tinha prometido a mim mesmo, e a outras pessoas que me adoram :), que iria abandonar esta questão, que ia dar um passo em frente, nem mesmo que isso significasse cair de um precipício :), mas não consegui... sou um fraco, um velho apaixonado pela vida e fascinado por ti...

sábado, outubro 28, 2006

Royal

E porque o Jorginho hoje faz anos... aqui vai:

"Boa Noite! Tudo bem?
Ou tudo menos mal?"
É assim que começa
A aventura no Royal

Tudo que aqui se come
É um verdadeiro petisco
Desde do naco de carne
Até ao esparguete de marisco

Para os mais indecisos
E que não gostam de comer mal
Temos sempre pronto a sair
O famoso Bacalhau á Royal

Para sobremesa temos
Fruta, doce e mel
E sempre um sorriso
Do Fábio, da Natália, Marina, Alice
Fátima, Martinha ou da Isabel


Quem no final pedir
Um café e palitos
Fica logo a saber
Que de pessoas...
existem quatro tipos

No Royal tudo é perfeito
Nada tem maldade
Ele pára de peito e distribui
Paz, amor, alegria e felicidade

Quer se beba
Água, sumo ou vinho
Toda a gente sai a gostar
Do nosso querido Jorginho

Quer tenha fome ou não
Esteja bem ou muito mal
Venha cá buscar o seu sorriso
Afinal de contas...
Você está no Royal


Parabéns e aquele abraço.

2006-09-15 @ algures entre LX e Porto

quarta-feira, outubro 25, 2006

Diário d’um Suicida na recepção ao caloiro do IPCA

Pois é, isto agora é só estreias.
Ontem na recepção ao caloiro do IPCA alguém, com a minha autorização leu um poema meu.
Sem dúvida um momento brilhante: a tuna de pano de fundo, o silêncio na sala era geral, e antes de entrar a tuna com uma serenata ouve-se o poema Serenata.
Pena foi não ter havido sal suficiente para temperar o meu coração.

Vai tuna!!!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Diário d’um suicida na Prova Oral da Antena 3

Olá,

Hoje fiz a minha primeira Prova Oral.
Quer isto dizer, participei, mesmo eu, a pessoa que escreve neste blog, no programa “Prova Oral” da Antena 3. Era um programa sobre poemas, com a participação da Caixa Geral de Despojos.

Li o poema “Sozinho de Ti”, e segundo algumas fontes até nem correu muito mal... :)

Quem ouviu o que é que acha? Acham que passei na prova?

Nota: escrevo isto apenas no sábado.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Sozinho de ti

O ambiente está pesado
Ela olha para mim
Com olhos de quem quer
Começar tudo pelo fim

O jogo de toques e sorrisos
Preenchem os momentos vazios
Onde eu procuro e encontro
Onde ela me faz novos desafios

Sinto a pele dela na minha
O seu respirar no meu corpo
Sinto capaz de morrer ali
No meu leito, cheio de conforto

Os dedos cruzam-se mais uma vez
Sussurro-lhe palavras imperceptíveis
Oiço sons que pensei não existir
Sinto sentimentos insensíveis

Percorro o corpo dela com o olhar
Vejo o mais belo de todos os seres
Sinto-me fraco de ter tanta força
Capaz de receber todos os prazeres

Emociono-me de ter sentido a emoção
De nunca ter tido este carinho
Abro os olhos e procuro em redor
Não estás lá, estou só, sozinho


11 de Outubro de 2006 @ Algures entre Lx e Porto

terça-feira, outubro 10, 2006

Explicação

Este poema foi retirado de um comentário de uma foto de Sal.

Sem dúvida lindo.
O autor, não anónimo, deu autorização para o colocar aqui, mas pediu o colocar como tal.


Beleza e Simplicidade,
Assim se poderia resumir
Esta foto, a tua expressão,
A tua forma única de sorrir

Mais palavras para quê?
Seria tentar atingir um nível
Onde se pretende atingir
O que é inatingível

Seriam apenas palavras soltas.
Apenas uma forma mais amável
De tentar explicar aquilo
Que de certa forma e inexplicável


Obrigado pelo contributo :)

sexta-feira, setembro 29, 2006

CATS

Fabulástico, entusiasmástico… simplesmente inesquecível.

Na passada terça-feira fui ver o Musical CATS no Coliseu do Porto.
Tenho de vos dizer que é simplesmente fantástico. Se ainda não viram e se tiverem um dia a oportunidade de irem ver, percam amor aos Euros e vão. Tenho a certeza que irão adorar.

O CATS é repleto de energia, de grandes coreografias, de excelentes bailarinos e cantores, e de muito boa música.

E o que é que o CATS tem a haver com este diário, perguntam vocês?

Tudo, digo-vos eu.
Resumindo o CATS fala dos gatos Jellicle que se juntam uma vez por ano para escolher um gato que terá a oportunidade de ter uma nova vida.
Ou seja, tal como eu, também Grizabella precisava de renascer, de ter uma nova vida, e também ela teve direito a uma.

Aquele Abraço
xpto

segunda-feira, setembro 25, 2006

Coração Vagabundo

O álbum já não é novo, e a música muito menos, mas descobri, há já alguns meses, um álbum de música fantástico, principalmente para quem gosta de música latina como eu.

“Lágrimas negras” de Bebo Y Cigala.
Bebo Valdez – pianista cubano
Diego El Cigala – cantor castelhano

No meio de muita música boa, acabei por descobrir “Eu sei que vou-te amar” de Caetano Veloso - uma versão fantástica dessa música – e no meio dela uma outra música, do mesmo cantor, que pensei que fazia parte da mesma, e que não conhecia – “Coração Vagabundo”.

Fica aqui a letra, pois acho que diz muito deste diário, e muito de mim.

Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher

Que passou por meu sonho
sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo em mim

sexta-feira, setembro 22, 2006

Chorar

Apetece-me chorar
Berrar bem alto
Subir ao cimo
E dar o salto

Correr, fugir
Para bem longe
Mudar de traje
Tornar-me monge

Esquecer, lembrar
Perder e encontrar
A luz do sol
O brilho do luar

Manter, mudar
Tudo que sempre quis
Ficar assim
Triste e feliz


21 de Setembro de 06 @ Royal

quinta-feira, setembro 21, 2006

Fénix

Estes dias estava a escrever uma tentativa que iria ter por título “Transição Final” (do filme “O coleccionador de ossos”).
Porém o meu PC decidiu que eu não ia publicá-lo e pinga, crashou sem guardar cópia.
Estava a pensar reescrevê-lo quando me lembrei que o melhor título para esta tentativa é “Fénix”.

Espero ter os poderes que esse fantástico ser da mitologia Grega tinha (podem saber mais aqui): poder morrer e renascer das minhas próprias cinzas com os mesmos poderes e com a mesma beleza.

Já agora aproveito esta tentativa para agradecer a todos, amigos e desconhecidos, autenticados e anónimos, que me acompanham nesta “transição final” e pelos mais de 1000 visitas (ou hits) no diário - mesmo que grande parte tenha sido efectuada por mim.

A todos o meu muito obrigado pelos conselhos, pelos comentários, por tudo… serão sempre as minhas penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas que me dão beleza e motivos para sorrir.

xpto

quinta-feira, setembro 14, 2006

Suspiro

Suspiro!
Suspiro quando penso em ti
Quando ouço o teu nome
Desde o primeiro dia que te vi

Suspiro!
Por ter de ti saudades
Porque ainda não te disse
Aquela meia dúzia de verdades

Suspiro!
Por não te ver há quase um mês
E saber que mais um poderá vir
E talvez te veja… talvez

Suspiro!
Por ver o teu hi5 todos os dias
E saber quase de cor
Todas as tuas fotografias

Suspiro em cada um destes momentos
Suspiro, e farto-me de suspirar
Mas ainda bem que o faço
Senão, já tinha parado de respirar


14 de Setembro 2006 @ work

segunda-feira, setembro 11, 2006

De pés no chão

I – A dedicação

Era uma vez um menino que tinha um ser de estimação.
Dedicava toda a sua vida aquele ser. Todo o amor e carinho que tinha, era para aquele ser. Todo o sorriso que dava, todo o gesto que fazia, cada vez que respirava, fazia-o pela paixão que sentia por aquela criatura.


II – A perda

Porém, e como tudo na vida o ser amado morreu e o menino decidiu enterrá-lo.

No entanto, e como forma de apagar o seu sofrimento decidiu enterrá-lo bem fundo. Escavou um buraco com a profundidade das suas pernas, achou que era pouco e avançou um pouco mais… Seu sofrimento era tanto que mal se apercebeu do tempo que passara naquela dolorosa tarefa. Quando suas forças se acabaram, olhou para cima e nada via, apenas a escuridão. Estava tão fundo que nem a luz do sol, nem o luar conseguiam iluminar o fundo do buraco. Estava tão fundo, e tão sem forças, que por mais que tentasse não conseguia sair daquele buraco.

Decidiu adormecer e sonhar nos tempos em que tinha o ser para brincar.


III – A alegria

Um balão, com um cordel mágico, vagueava solitário nas alturas, sempre feliz por ver o azul celeste do céu e o vermelho encandeante do pôr-do-sol, viu algo que lhe chamou a atenção! Uma luz negra sobressaía do campo verdejante que sobrevoava.

Aproximou-se, espreitou e nada mais viu que a escuridão. Sem o balão saber porquê, o seu cordel atirou-se para o meio da escuridão. O balão, mesmo sendo dono do cordel bem tentou puxar pelo cordel, mas este crescia, crescia e parecia não ter fim. Decidiu voar para ver se a ponta do cordel voltava a aparecer na escuridão.


IV – A esperança

Meio adormecido no escuro, e quase sem esperança o menino sente algo a tocar-lhe no ombro, amarra, e sente que começou a ser puxado… deixa-se levar e começa a sentir novamente forças para viver. A esperança de ver novamente o sol, a lua e de sentir a brisa fresca do mar, fazem com que ele esqueça o ser amado…

Chegado á superfície sente-se estranho, tão estranho que nem repara que esse sentimento de confusão advém do facto de se estar a rir (algo que já não sentia há muito tempo). Uma confusão que lhe fazia sentir-se bem, e assim aos poucos respirou, chorou de alegria e voltou a rir…


V – A indiferença

Depois da alegria, seguiu a corda com os olhos e viu que um lindo balão segurava a outra ponta da corda. Trepou, chegou perto do balão e falou com ele, o balão, olhou, sorriu distante e nem lhe respondeu… Voltou a insistir e o balão voltou a não responder, desta vez nem sequer olhou…

O balão continuava a saborear o luz do sol, e o bater do vento nos sua face. E o menino?! Esse, começou a sentir o sorriso fugir… e viu que estava já demasiado alto para largar a corda…


VI – A conclusão

Por vezes estamos tanto tempo na escuridão, e temos tanta vontade de sair dela, que a primeira oportunidade que nos é dada, apertamos a mesma com as duas mão, e não nos apercebemos que a dado momento devemos largá-la e sentir-nos livres sozinhos novamente, e aproveitar bem o facto de ter o pés bem assentes no chão…



Já agora, o que é que vocês escolhiam? Saltar? voltar para o bruraco? ou disfrutar mais um pouco da vista?



xpto

sábado, setembro 09, 2006

Mentira?!

Hoje apetece-me expressar o que sinto através da letra de JPP:

...

Tenho saudades de te ver
Vontade de te abraçar
Sozinho tocando um guitarra
Junto ao mar
Recordo-me de ti
Imagino porquê
A tua cara a flutuar
Porque é que a vida
Nos fascina?
Tantas vezes nos domina?
Acreditar que no amor
Não se sente a dor
Mas é mentira!
Mentira! Mentira!


Pensamento final: Será que é mentira? Por vezes penso que o amor sem dor não tem o mesmo sabor. Basta ver por mim, eu não amo ninguém neste momento, mas acho que certos sentimentos que floresceram em mim, e que não são correspondidos, logo provocam-me dores terríveis, acabaram por despertar uma alegria diferente de viver, uma forma diferente de me expressar – por exemplo, e ao contrário de muita gente, não tenho medo ou vergonha de dizer: estou apaixonado, e isso faz-me feliz. Por isso, para mim não é mentira, e ainda bem.

09 de Setembro de 06

terça-feira, setembro 05, 2006

E se o tempo…

E se o tempo voltasse atrás?
E se tivéssemos mais tempo?

Por vezes, e ás vezes muitas vezes, damo-nos conta a pensar nestas coisas:
E se isto? E se aquilo? E se eu tivesse feito assim? E se eu tivesse feito assado? (em vez de cozido?)

E raramente nos apercebemos que o tempo que perdemos a pensar nestas pequenas coisas, servia para:
Fazer coisas de forma diferente
Refazer coisas
Repensar coisas
Replanear coisas
E acima de tudo, ganhar tempo para ter tempo para estas coisas…

Com tanta coisa e tanto tempo, acabei de perder tempo para fazer alguma coisa.

Aquele abraço,
xpto

(Nota pessoal: A ti só te peço tempo para depois não perderes tempo a pensar no tempo destas coisas)

O que fazer?

Este fim-de-semana foi de arromba – tão de arromba que nem consegui escrever nada.
Sinto que estou a preparar a minha sepultura para o suicídio.
Ainda não escolhi o método, nem o dia, nem o local, mas… quinta-feira é um bom dia, junto a ti, no sítio do costume, com um, dois ou três copos de veneno na mão.

Não tenho medo de morrer, tenho medo é da pessoa que descobrir depois de morrer!

Se for mais um xpto, alegre, divertido, e com força de viver – não me preocupa.
Se for uma sombra, sem paixão, carinho ou amor - preocupa-me mas não tenho medo.
Se for a pessoa que deu origem ao xpto, isso sim, isso assusta-me e preocupa-me.

O próximo poema foi escrito para ti e só para ti, já há algum tempo – mas como o publicaste, publico-o aqui também.


Estou na profissão errada.
Hoje cheguei a esta conclusão.
Até gosto do que faço,
E até não ganho mal, não!

Mas o gostar e o ganhar não chega
Preciso de algo que me alimente
Que me dê força todos os dias
E que me liberte a mente

Um emprego ao ar livre
Preferencialmente à beira-mar
Para poder sorrir todo o dia
E não ter dificuldade de respirar

Foi então que descobri!
Quero ser salineiro
É que assim, posso ter “sal”
Durante o dia inteiro


18 de Agosto de 2006 @ ?

quinta-feira, agosto 31, 2006

Ilusões

Ontem fui visitar o blog de uma amiga – uma verdadeira inspiração – e li algo sobre ilusões.
Como comentei no blog dela:
“As ilusões, e não só as de óptica, são aquelas que nos fazem pensar em dar o primeiro passo para conhecer uma pessoa, ou alguma coisa, ou algum lugar, etc... Qual seria a piada se tudo estivesse a nu? Qual seria a piada da primeira ser a única (porque seriam todas iguais) visão que temos sobre determinada pessoa ou coisa?

Não tinha piada! Tudo seria descoberto com um simples olhar.

Vale a pena ter ilusões para existir o sonho, para existir a surpresa, para existir a forma inesquecível que nos lembramos daquela pessoa singular.”

Porém depois de pensar sobre o assunto tentei arranjar duas formas de expressar diferentes situações de ilusão.
A surpresa pela negativa:
Por vezes quando conhecemos alguém, aquilo que vemos é um lindo botão de rosa. Ficamos logo fascinados, com vontade de o colher e de ficar com ele para nós. Depois, quando nos aproximamos vemos que afinal uma outra pétala está a cair, que uma está partida e outra a apodrecer. E normalmente quando nos amarramos é que sentimos os verdadeiros espinhos.

A surpresa pela positiva:
De certeza que já vos aconteceu de terem conhecido alguém e a primeira sensação ser: esta pessoa é uma escuridão, não passa de uma sombra. Normalmente fugimos, afastamo-nos com o medo ou pelo simples facto de gostarmos mais de botões de rosa do que de sombras. A diferença aqui, está em não procurar o que está na sombra, mas sim desviar um pouco o olhar. Acreditem que por vezes vamo-nos surpreender, quando virmos que essa sombra é causada por uma linda árvore pertencente a um jardim cheio de botões de rosa.

Moral: as ilusões servem para nos cativar, ou afastar de alguma coisa, ou de alguém, porém temos de ser sábios e perspicazes para entender quando essa ilusão se aproxima ou não daquilo que realmente ilude, ou então se não passa de um ângulo mau que escolhemos para ver alguém.

Como diriam na rádio: “Já agora, vale a pena pensar nisto”. :)

xpto

terça-feira, agosto 29, 2006

Palavras ao vento

Hoje queria falar contigo
Queria-te ver e sentir
Ler-te tudo o que escrevi
E ter mais motivos para sorrir

Mais uma vez não estavas
E fiquei outra vez só
Foi então que descobri
A forma de desatar este nó

A forma que descobri
Não me faria perder tempo
Eu atiraria palavras ao ar
Quem tas levaria seria o vento

A brisa que hoje sentiste
Eram sussurros meus ao ouvido
Dizendo tudo aquilo que sinto
Tudo que alguma vez havia sentido

Depois de certeza que sentiste
Que a brisa arrefeceu
Eu disse-te que me sentia só
E vento percebeu

Percebeu que preciso de ti
Como o reino de sua majestade
Responde de presa por favor
Antes que o vento vire tempestade

Se responderes e sentires
Que o vento está a acalmar
Fecha os olhos e pensa em mim
E irás ouvir-me a falar

Se não responderes
E sentires que a tempestade passou
Não chores, não fiques triste
Foi apenas alguém que se suicidou


29 de Agosto de 2006 @ Royal

segunda-feira, agosto 28, 2006

6 sentidos

Hoje acordei e senti o teu cheiro.
Acendi a luz excitado,
Mas reparei que estava só,
Não estavas a meu lado.

Triste, fechei os olhos!
Senti o toque da tua mão,
Voltei a abrir os olhos
Para ter nova desilusão.

Decidi levantar-me da cama
E ouvi-te chamar por mim.
Estou a dar em tolo, pensei!
Mas gosto de me sentir assim

Engoli em seco
E acho que senti o teu sabor
Não o conheço, mas sei que
Deve ser mais suave que um licor

Olhei para o espelho
E vi-te a meu lado a sorrir
É assim que quero estar contigo
Feliz, a teu lado, sempre a rir

Toda esta forma de te sentir,
Não passa de uma ilusão.
A culpa é do sexto sentido
Que dá pelo nome de paixão!


28 de Agosto de 2006

domingo, agosto 27, 2006

Serenata

Tentei tocar-te uma serenata
Só para ti meu bem
Pois para mim só existe tu
Só tu e mais ninguém

Tentei tocar-te uma serenata
Mas não encontrei um instrumento
Que tivesse o som suave
E apaixonado do meu sentimento

Tentei tocar-te uma serenata
Mas fiquei afónico, sem voz
Incapaz de cantar para ti
Para mim ou para nós

Tentei tocar-te
Tocar-te uma serenata
Sem medo sem tabu
Mas descobri
Que essa serenata
Eras tu


26 de Agosto de 2006 @ Royal Barcelos

sexta-feira, agosto 25, 2006

Timidez

Hoje vi a Sal. Ainda ela não sabia que eu lá estava, já eu a tinha visto. Sinto que sou capaz de a reconhecer de qualquer ângulo.

Prometi a mim próprio que o próximo texto o iria escrever junto a ela, ou a olhar para ela. Não fui capaz! Mais uma vez falhei.
Este texto escrevi-o mais ou menos há trinta minutos, a olhar para o sítio onde ela estava a cerca de 3 horas. Sou assim, tímido, quem me conhece não acredita, mas é verdade. Estou perto de cometer suicídio, não o quero fazer, mas quem eu quero, não me quer matar.


Estou farto de mim
Estou cheio de ser assim
Estive hoje a teu lado
E senti-me só, apagado

Nem sequer um simples olá
Te fui capaz de dizer
Olhei para ti e lembrei-me
Que de ti não me quero esquecer

E no fim da noite o sentimento é
Só mais uma semana sem te ver
Só mais uma semana xpto
Ou só mais uma para te perder

Preciso que me digas algo
Preciso de um sim, não ou talvez
Preciso de me libertar
De perder esta timidez


25 de Agosto de 2006 @ Turismo

PS: Depois de escrever este texto disse-lhe quem era eu (por mensagem hi5). Disse-lhe só a ela, porque não a quero expor. Não é a minha exposição que me preocupa, pois eu estou exposto há demasiado tempo, mas sim a exposição dela…
Se um dia eu me suicidar, não chorem, foi apenas decisão minha, foi apenas uma opção de vida...

quinta-feira, agosto 24, 2006

Inquietude

Hoje alguém me perguntou: “Isso que sentes é paixão?”, respondi que não sabia, e procurei a palavra mais correcta para o que sinto, a aqui está ela: “inquietude”. Depois de terminar a conversa fiquei a matutar sobre o seu significado, e sobre o que como ela se encaixa dentro de mim, segue a minha conclusão.


Inquietude
Sentimento que vem do coração
Que muitos confundem com amor
Mas que na verdade é paixão

É assim que me sinto
Inquieto
Com vontade de tudo conquistar
Para me sentir mais completo

Mais completo de amor
De carinho, de compreensão
Ou então apagar para sempre
Essas palavras do meu coração

Mas se as apagar
Acaba-se a minha juventude
Cometendo suicídio mesmo ali
Acabando com a minha... inquietude


24 de Agosto de 2006
PS: Obrigado “fana”

A tua imagem

Hoje quis explorar-te,
Analisar até ao pormenor
Toda a tua beleza,
Todo o teu exterior.

Assim, e como não estavas aqui,
Decidi pegar na tua fotografia,
Aquela que tens no hi5
Junto á minha poesia.

Quero que saibas que para mim
Estás sempre fabulosa,
Mas nesta estás ainda mais,
Estás simplesmente formosa

Comecei por me perder
No teu sorriso maravilhoso,
E depois contei os teus cabelos.
Demorou, mas deu-me gozo.

Rodei a cabeça,
E fiquei horas a olhar para ti,
Perdi-me nos teus olhos,
Na imensidão daquilo que vi.

Depois de analisada
Toda em pormenor
Decidi ver com calma a imagem
Como um grande admirador

Quero que saibas que essa imagem
Tem cento e vinte mil pedaços
Que espero ser o número
Que eu te dê de abraços

Teu sorriso tem apenas
Dois mil e quatrocentos bocadinhos
Mas mesmo assim é enorme
E pede muito mais beijinhos

Poderia falar-te horas
De cada um dos pedaços da imagem
Mas há tanto para dizer que
Teria de criar uma nova linguagem


24 de Agosto de 2006

quarta-feira, agosto 23, 2006

Porquê diário d’um suicida?

As pessoas que me conhecem, têm todas comentado, quer por comentário ao blog, quer pessoalmente, que o nome do blog não é lá muito, como é que eu hei-de dizer... simpático.

Pois bem, eu fiquei de dar uma explicação e aqui vai.

Porquê diário d’um suicida?

O nome inicialmente seria “devaneios” ou “quimeras”, mas como esses nomes já estavam ocupados, assim surgiu diário d’um suicida.

A parte do diário porque espero que isto reflicta o que vivo no dia a dia, não será aqui que venho dizer todos os dias o que se passou, mas virei de vez em quando mostrar o que sinto. O que sinto por alguém especial, ou por alguma coisa…

Nesta fase do meu blog, eu quase que poderia chamar ao blog, “tributo”, por ser isso que estou a fazer alguém, ou então “salina” (mas esse é a minha cabeça pois é lá que ela mora :)).

Suicida! Suicida porque a pessoa que escreve este blog, além de ser alguém que eu gosto muito, alguém que se ri, alguém que tem motivos para todos os dias sair de casa a correr, alguém que não tem medo de expressar (mesmo que como anónimo – prometo que um dia resolvo isso), é uma pessoa muito triste, com um vazio enorme, não por dentro, mas sim por fora, por não ser correspondido, ou melhor por não ser compreendido...

E essa pessoa, espero eu, espero que morra, mas que morra por substituição a uma outra pessoa renovada, com a mesma força de amar, com a mesma força de viver, de escrever, de querer te ter, mas sem os problemas da compreensão…

Chamei-lhe suicida, mas deveria chamar “vítima de homicídio não cometido”, pois prefiro que essa pessoa desapareça vítima de assassinato em vez de suicídio, ou seja, que seja alguém a matar a solidão que existe dentro dela, do que a solidão a matá-la...

Espero que me tenham entendido, caso contrário – faço um desenho :)

xpto

terça-feira, agosto 22, 2006

A minha forma de te ter

Hoje deitei-me com um único propósito
Ter-te, sentir-te, ver-te
Enfim, tudo o que sempre quis
Amar-te

Adormeci, e tudo começou

Comecei por te procurar

Passei por te desejar

E acabei por não te encontrar


Continuei a alimentar a minha paixão

Sempre sem te ter

Sentindo o teu toque, o teu cheiro

Sentindo o teu poder



Nem tu sabes o poder

Que tens sobre mim

Era capaz de dizer não a tudo

Excepto se me dissesses para dizer sim

Enfim, continuei a minha demanda

E no fim não te encontrei

Mas quando acordei senti

Que te tive, vi, senti e amei

Será este o meu destino

Será este o meu fado

Ter-te, sentir-te, ver-te e amar-te

Sem nunca te ter a meu lado


Não te peço que me ames

Não peço o teu coração

Peço-te apenas carinho, amizade

E um pouco da tua atenção

Durante todo este tempo

Eu escrevo, falo e invento

Sem nunca ouvir de ti

Uma palavra, um sentimento


Peço-te então que digas

Se gostas do que faço por ti

Daquilo que sinto, que mostro

Disto que ainda agora escrevi.




22 de Agosto de 2006

sábado, agosto 19, 2006

Porque escrevo


Mais uma vez estou só

Estou sem nada para fazer

Não sei se hei-de sair

Ou ficar aqui a escrever


Sinto-me capaz de escrever

Durante dias seguidos

Sem sequer pensar em ti

Ou nos teus lindos sorrisos


Porém quando escrevo

Não o faço por mim

Se calhar faço-o por ti

Na esperança de ouvir um sim


Então como posso eu dizer

Que não penso em ti

Será porque sinto

Tudo aquilo que já sofri


Talvez, não sei!

Só sei que escrever

Me deu um novo ânimo

De pensar... de viver


Sinto-me jovem outra vez

Com força para tudo curtir

Com vontade de não parar

Com vontade de sorrir


Por isso quero agradecer-te

Todo este novo alento

Esperando que para ti

Nunca seja eu tormento



19 de Agosto de 2006

Sono

Hoje tentei adormecer

Sem me lembrar de ti

Senti-me esmorecer

E por fim adormeci


Acordei sobressaltado

Pensava eu, dias depois

Olhei para o lado

E minutos... foram dois


Procurei-te ali perto

Ainda de luz apagada

Estavas em lugar incerto

Sem dizer nada


Voltei a tentar adormecer

Dei uma volta e sorri

Sei que é forte o meu querer

Mas já me havia lembrado de ti



19 de Agosto de 2006

quinta-feira, agosto 17, 2006

Palavras

O próximo foi escrito numa esplanada de um bar em Barcelos.

Estava uma noite triste, sentia-me só e procurei nas letras, como sempre, o aconchego…

Se encontrei? Isso já são mais quinhentos...



Noite, escuridão, solidão.

Palavras com sentido diferente

Mas direcção igual.


Amor, loucura, paixão.

Palavras com sentido igual

Mas direcção diferente.


Sinto-me sem sentido nem direcção

Por vezes dou por mim aqui...

Onde?

Num sitio

Onde o Amor e a solidão

Têm o mesmo significado

Onde a noite e a paixão se juntam

Para me dizer que sou

Apenas loucura e escuridão.


28 de Maio de 2006

Mar e Sal

Como sei que também gostas

Hoje fui passear para o mar

Tinha saudades de ti

E precisava de pensar


Precisava de pensar

E pensar bem fundo

Se era por ti que me estava a apaixonar

Ou apenas pelo teu mundo


Nunca entendi muito bem

O que me está a acontecer

No início, só me fizeste bem

Mas agora estou a adoecer


Procurei a cura para mim

Dentro da água

Precisa de procurar a paz

Que me acalmasse esta mágoa


Nadei, nadei, nadei

Nadei até me sentir mal

E depois fiquei feliz

Pois a água sabia a ti

A água sabia a sal


17 de Agosto de 2006

quinta-feira, agosto 10, 2006

Fito

Depois de ter criado o blog e de ter efectuado as minhas primeiros tentativas, todos com o mesmo propósito, o meu condimento, decidi dizer mais qualquer coisa.

Estou a tentar recuperar quimeras antigas, perdidas no tempo e no espaço, para as partilhar com vocês. Penso que são pequenas pérolas que expressam o meu fado, o meu pesar, e a minha saudade de alguém que acho que nunca tive e que provavelmente nunca hei-de ter.

A ver vamos se amanhã há mais!

Condimento - parte 3

Só mais um...


Parque dos poetas! :)
Engraçado não e!
Eu e que deveria estar ai,
No meu parque, a pensar
E a escrever para ti.


Foste a minha procura?
Foi pena não me teres encontrado,
Era capaz de fazer de ti um poema
E falar-te do meu triste fado.


O fado de não te ouvir,
De não te ter,
De não te sentir...
O fado de não te ver.


Se um dia lá voltares
Chama bem alto por mim,
Pode ser que eu lá esteja
E que escreva algo assim:


Feiticeira


08 de Agosto de 2006

Condimento - parte 2

Para a mesma pessoa, no mesmo dia.

Se um dia alguém te disser
Que o sol não esta brilhar,
Ou se alguém te disser
Que não existe luar

Quero que saibas que a culpa é tua,
Que o teu sorriso e o culpado.
Pois eu se fosse a lua ou o sol
Também me sentia envergonhado

Tinha vergonha de o meu brilho
Não ser tão intenso como teu
E queria fazer parte de ti
Para que esse brilho fosse meu

07 de Agosto de 2006

Condimento - Parte 1

Este texto foi enviado a uma pessoa muito especial...

Estou triste...
Por haver cegos
Que não consigam ver
Toda a beleza desta foto.

Estou triste...
Por haver paralíticos
Que não te consigam
seguir.

Estou triste...
Por haver surdos
Que não consigam
Ouvir a tua voz.

Estou triste...
Por haver mudos
Que não consigam
Dizer o quão bela és.


Estou triste...
Por eu ser cego,
Ser surdo,
Ser paralítico
E por eu ser mudo.

Mas mais triste estou,
Por tu não quereres que eu veja,
Que eu ande,
Que eu fale e que eu ouça.

07 de Agosto de 2006